O recesso parlamentar, um alívio para Jair Bolsonaro

 


FÉRIAS! ahhhh como é bom!


Talvez seja essa a sensação de Jair Bolsonaro com o recesso parlamentar. 


Pausa na CPI da COVID, que consegui por quase 30 dias seguidas estampar manchetes nos jornais que atribuíam corrupção ao atual governo. Além da intensa negociação para aprovação de reforma tributária e a agora polêmica LDO e o fundão eleitoral. 


Tudo isso dá uma "folga" ao presidente para tentar se reorganizar. O primeiro passo é a aproximação do Poder Executivo com o Senado Federal, onde corre a CPI e haverão as sabatinas de Augusto Aras para Procuradoria-Geral da República e André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal.


Para isso, Bolsonaro decidiu nomear para um dos cargos mais importantes na esplanada, o de Ministro da Casa Civil, o Senador Ciro Nogueira, presidente do PP. Neste aspecto, Bolsonaro se fortalece no meio político com a consolidação de sua base no congresso. A já existente blindagem na Câmara por parte de Arthur Lira será reforçada com a escolha de Ciro Nogueira. O experiente político que já apoiou Lula e Dilma, hoje é a aposta de Bolsonaro para manutenção de sua sustentação política.


Politicamente é sim uma escolha inteligente do presidente, que já começava a se ver num beco sem saída, sendo Nogueira, a partir de agora, o seu avalista. Todavia, a dúvida é como vai reagir a base eleitoral bolsonarista, em especial os militares, que perderam espaço no planalto, mas ainda tem grande resistência em deixar o governo com o receio do retorno de Lula ao planalto.


Bolsonaro deu o primeiro passo em direção a negociação com os membros do parlamento, e precisará moderar seu discurso, afastando suspeitas de rompimentos institucionais, tal como a fala sobre não realizar eleições em 2022.


Um outro fator a ser observado é a criação do Ministério do Trabalho com Onyx Lorenzoni como ministro. De fato, trata-se de um assunto de extrema importância para o momento atual, contudo, é mais um movimento que repercutirá na base bolsonarista, com o aumento do número de ministérios e o enfraquecimento do poder do posto ipiranga, Paulo Guedes.


Ou seja, o que percebemos é o fortalecimento de uma base política do presidente, composta pelos partidos de centro, sobretudo o PP, e um enfraquecimento dos militares, de Paulo Guedes e do discurso bolsonarista de nova política e fim do toma lá da cá.


Minha aposta de como isso termina? O centrão arrancará de Bolsonaro até o último cargo, a última emenda. Este é o preço para estarem juntos até a eleição de 2022. A pergunta é: os militares, o eleitorado bolsonarista e o eleitorado anti-petista topam isso? Minha aposta: SIM, topam tudo para continuar no poder.

Fonte da imagem: http://www.jav.inf.br/2021/04/06/andrea-sadi-diz-que-centrao-quer-guedes-fora-e-ministerio-da-economia-fatiado-para-saciar-apetite-do-bloco/

Um comentário:

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